Por Denis Balibouse e Cecile Mantovani
LA CHAUX-DE-FONDS, Suíça (Reuters) - Por mais elaborada que seja a cerimônia de abertura e por mais sofisticada que seja a transmissão ao vivo da Olimpíada do Rio de Janeiro deste ano, a volta final das competições de atletismo será anunciada da maneira tradicional – com o toque de um sino.
O ritual, que permite a atletas e espectadores saberem que a prova chegou ao clímax, tem se mantido nos Jogos Olímpicos desde sua adoção em 1896 – mas também está ligado a um avanço tecnológico.
A fabricante suíça de relógios Omega, hoje a principal marca do grupo Swatch, é fornecedora oficial da Olimpíada desde 1932, e está encarregada de proporcionar os sinos usados nos eventos, que vão das corridas de fundo ao ciclismo indoor.
Embora a tarefa da Omega tenha se tornado cada vez mais tecnologicamente avançada e computadorizada, os 21 sinos que a empresa está enviando para o Rio são muito semelhantes a seus antecessores, e foram forjados à mão nas Cordilheira Jura, na Suíça.
"Essa realmente é a única coisa que tem feito parte dos Jogos desde o início que não mudou", disse Serge Huguenin, de 52 anos, dono da pequena fundição da cidade de La Chaux-de-Fonds, que há anos produz os sinos para a Omega.
"Por isso, espero que continue, espero que não coloquem um sino eletrônico antes da última volta", acrescentou.
A fundição, que fez o primeiro sino olímpico para os Jogos de Moscou em 1980, também fabrica os inconfundíveis sinos usados nos pescoços das vacas nas pastagens alpinas e que se tornaram um dos símbolos mais conhecidos da
Suíça.
(Reportagem adicional de Silke Koltrowitz e Brenna Hughes Neghaiwi) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20160201T140340+0000