Por Tom Balmforth
MOSCOU (Reuters) - Um tribunal russo acusou nesta segunda-feira um ilustre historiador, conhecido por reencenar batalhas napoleônicas, pelo assassinato de sua companheira após ele ser encontrado em um rio com uma mochila que continha os braços decepados da vítima.
Oleg Sokolov, um professor de história de 63 anos da Universidade Estadual de São Petersburgo, confessou ao tribunal ter assassinado a tiros Anastasia Yeshchenko, uma pós-graduanda de 24 anos, com um rifle.
Sokolov disse à corte que amava Yeshchenko e que ambos mantinham uma relação há cinco anos. Segundo o professor, eles discutiram devido a filhos que Sokolov possui de outro relacionamento, o que o levou a "perder o controle" e matá-la com quatro tiros.
"Durante o bate-boca, todos nós perdemos o controle. Eu não entendo como isso aconteceu. Algo como isso nunca havia acontecido comigo. Ela me atacou com uma faca", teria dito Sokolov, de acordo com a agência de notícias Interfax.
"Eu me arrependo", disse ele.
Investigadores acreditam que Sokolov, cujo conhecimento sobre Napoleão Bonaparte lhe rendeu a Ordem Nacional da Legião de Honra da França, tenha cortado sua amante em pedaços e tentado atirá-la no rio para cobrir seus rastros.
Ele foi retirado do rio Moyka na manhã de sábado junto a uma mochila, na qual havia uma arma que dispara balas de borracha e os braços desmembrados de uma mulher, disse em comunicado o Comitê Investigativo da Rússia, que trata de crimes graves.
Sokolov foi tratado por hipotermia.
Mergulhadores vasculharam o rio em busca dos restos mortais de Yeshchenko, mas em vez disso encontraram o esqueleto de um homem, que aparentemente não tem relação com o caso do historiador.
Segundo agência de notícias RIA, a equipe de buscas afirmou que os restos de Yeshchenko podem ter sido levados por correntes para o Golfo da Finlândia.