(Reuters) - A Rússia disse nesta quarta-feira que tinha disparado dois mísseis Kalibrise de cruzeiro contra alvos ucranianos de um submarino no Mar Negro e reiterou um aviso de que procuraria atingir carregamentos de armas da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para a Ucrânia.
O Ministério da Defesa publicou imagens de vídeo dos mísseis de cruzeiro lançados do Mar Negro, e disse que eles tinham atingido alvos terrestres não especificados na Ucrânia.
A Rússia disse anteriormente que tinha montado ataques similares a partir de um submarino em 29 de abril.
No início da quarta-feira, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, reiterou um aviso de que a Rússia procuraria destruir os comboios de carregamento de armas para a Ucrânia a partir de países ocidentais, que nas últimas semanas intensificaram i envio deste material.
"Os Estados Unidos e seus aliados da Otan continuam enviando armas à Ucrânia", disse Shoigu a uma conferência de funcionários do Ministério da Defesa no 70º dia do que a Rússia chama de sua operação militar especial na Ucrânia.
"Vemos qualquer transporte da Aliança do Atlântico Norte que chegue ao território do país com armas ou materiais destinados ao Exército ucraniano como um alvo a ser destruído."
O Ministério da Defesa da Rússia disse anteriormente que havia desativado seis estações ferroviárias na Ucrânia usadas para fornecer às forças ucranianas armas de fabricação ocidental no leste do país, bombardeando seus suprimentos de energia.
Não foi possível verificar independentemente a alegação, que não dizia quais armas de fabricação ocidental eram fornecidas às forças ucranianas através dessas estações. Não houve reação imediata por parte de Kiev.
O chefe de gabinete Valery Gerasimov foi mostrado ao lado de Shoigu durante a reunião de oficiais de defesa. Na segunda-feira, os Estados Unidos disseram acreditar que Gerasimov visitou a região oriental de Donbas na Ucrânia na semana passada, mas não puderam confirmar as notícias da mídia de que ele foi ferido durante combates.
(Reportagem da Reuters)