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Por Pavel Polityuk e Dmitry Antonov
KIEV/MOSCOU (Reuters) - Rússia e Ucrânia se bombardearam mutuamente com fortes ataques de mísseis durante a noite, enquanto os esforços diplomáticos para acabar com a guerra vacilavam, com a Casa Branca dizendo que não havia planos iminentes para os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin se encontrarem.
Autoridades ucranianas disseram na quarta-feira que os ataques russos mataram seis pessoas, incluindo duas crianças, em Kiev e na região vizinha, e forçaram cortes de energia em todo o país.
As Forças Armadas da Ucrânia disseram na terça-feira que usaram mísseis franco-britânicos Storm Shadow lançados do ar para atacar uma fábrica de produtos químicos na região de Bryansk, no sul da Rússia.
Putin e Trump conversaram na semana passada e concordaram em realizar uma cúpula na Hungria que, segundo o Kremlin, poderia ocorrer dentro de algumas semanas.
Mas, após uma ligação telefônica na segunda-feira entre os principais diplomatas dos dois países, a Casa Branca disse no dia seguinte que Trump não tinha planos de se encontrar com Putin "no futuro imediato". Trump afirma que não quer ter uma reunião desperdiçada -- algo que Moscou também diz querer evitar.
Autoridades russas disseram, no entanto, que os preparativos para uma cúpula continuavam.
"As datas ainda não foram definidas, mas é necessária uma preparação completa antes disso, e isso leva tempo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.
"Está claro que tudo isso está cercado por uma grande quantidade de fofocas, rumores e assim por diante. Grande parte delas é completamente falsa. Ainda não há notícias."
O impasse ocorreu depois que a Rússia reiterou aos EUA seus termos anteriores para chegar a um acordo de paz, incluindo que a Ucrânia ceda o controle de toda a região de Donbas, no sudeste do país, disseram três fontes à Reuters.
Isso equivaleu a uma rejeição da declaração de Trump na semana passada de que ambos os lados deveriam parar nas linhas de frente atuais.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse, segundo a agência de notícias estatal RIA, que não poderia confirmar que Moscou havia transmitido sua posição, conforme relatado pela Reuters.
"Os preparativos para a cúpula continuam", afirmou Ryabkov. "Não vejo nenhum grande obstáculo."
Ele acrescentou: "É um processo difícil, eu admito -- mas é exatamente para isso que servem os diplomatas."