Por Anton Zverev e Natalia Zinets
MOSCOU/KIEV (Reuters) - Rússia e Ucrânia realizaram uma aguardada troca de prisioneiros neste sábado, em um passo que pode derreter um profundo congelamento nas relações entre os dois países desde a anexação da região da Crimeia por Moscou, em 2014.
Embora a troca de 35 prisioneiros de cada lado possa ajudar a reconstruir a confiança entre os países e permitir o início de negociações sérias sobre outros assuntos, qualquer caminho para uma reaproximação completa é possivelmente longo e complexo.
Após longas negociações, as expectativas eram altas para a troca de prisioneiros, que tinha sido descrita como iminente pelos líderes de ambos os países nos últimos dias.
Neste sábado, uma aeronave russa com prisioneiros russos libertados por Kiev chegou a Moscou, enquanto um avião ucraniano com prisioneiros ucranianos a bordo chegou a Kiev.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, abraçou e cumprimentou os ucranianos libertados, enquanto a TV russa Rossiya 24 mostrou imagens dos prisioneiros russos desembarcando do avião em Moscou.
Zelenskiy disse a repórteres no aeroporto de Kiev que a troca foi parte de seu acordo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Ele afirmou que todas as medidas precisam ser tomadas para "acabar com esta horrível guerra", se referindo ao conflito de cinco anos com separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
"Vemos o acordo de libertação mútua de pessoas mantidas na Rússia e na Ucrânia como um sinal positivo, que deveria ser seguido por outras medidas importantes para quebrar o impasse na atual situação nas relações Rússia-Ucrânia", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.