Por Max Hunder e Pavel Polityuk
ODESSA, Ucrânia/KIEV (Reuters) - Dúzias de prisioneiros de guerra ucranianos parecem ter morrido no colapso de um prédio que foi destruído por um ataque de míssil ou explosão, com Moscou e Kiev trocando acusações nesta sexta-feira.
As mortes, algumas das quais foram confirmadas por jornalistas da Reuters na prisão onde os homens estavam detidos na província de Donetsk, ofuscou um acordo mediado pela ONU para recomeçar a exportação de grãos da Ucrânia e aliviar uma crise alimentar mundial.
Quarenta prisioneiros foram mortos e 75 ficaram feridos na prisão na cidade de Olenivka, que está na linha de frente e sob controle de separatistas apoiados por Moscou, disse o ministério da Defesa da Rússia.
Um porta-voz dos separatistas colocou a contagem de mortes em 53 e acusou Kiev de ter visado a prisão com foguetes Himars, fabricados pelos EUA.
As Forças Armadas da Ucrânia negaram responsabilidade, dizendo que a artilharia russa tentou atingir a prisão para esconder o maltrato aos que estavam presos no local. O ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que a Rússia havia cometido um crime de guerra e cobrou condenação internacional.
A Reuters TV mostrou os restos de um prédio queimado, cheio de camas de metal, algumas com corpos carbonizados em cima delas, enquanto outros corpos foram alinhados em macas militares ou no chão no lado de fora.
Fragmentos de bombas foram colocados em um banco. Não foi possível detectar em um primeiro momento qualquer marca de identificação e não ficou claro onde os fragmentos foram recolhidos.