Por Jonathan Landay e Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Rússia, Irã e China têm a intenção de fomentar narrativas para dividir os norte-americanos antes das eleições de 5 de novembro nos Estados Unidos, disse uma autoridade de inteligência norte-americana nesta terça-feira, embora seja improvável que eles consigam manipular as disputas em uma escala que afete o resultado da corrida presidencial.
A autoridade disse a repórteres que agentes estrangeiros poderiam considerar ameaças físicas e violência no período pré-eleitoral e após a eleição, e é altamente provável que realizem operações de desinformação pós-eleitoral para criar incerteza e prejudicar o processo eleitoral.
"Agentes estrangeiros, especialmente Rússia, Irã e China, continuam com a intenção de alimentar narrativas para dividir os norte-americanos e minar a confiança dos norte-americanos no sistema democrático dos EUA. Essas atividades são consistentes com o que esses atores consideram ser de seu interesse, mesmo que suas táticas continuem a evoluir", afirmou a autoridade do Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional.
"A comunidade de inteligência prevê que os esforços de influência estrangeira se intensifiquem no período que antecede o dia da eleição, especialmente por meio de publicações nas redes sociais", declarou a autoridade.
É provável que algumas dessas publicações sejam geradas por inteligência artificial, disse a autoridade, que falou com os repórteres sob condição de anonimato.
Como exemplo, a autoridade apontou para uma publicação na plataforma de rede social X neste mês, gerada pelo que ele chamou de agentes de influência russos, que fez uma alegação não verificada contra o candidato democrata à vice-presidência e governador de Minnesota, Tim Walz.
As agências de inteligência avaliaram que os influenciadores russos criaram o conteúdo, segundo a autoridade. Uma análise da mídia pelas agências mostrou "vários indicadores de manipulação" consistentes com as ações dos agentes russos, disse a autoridade.