KIEV (Reuters) - A Rússia realizou novos ataques com drones contra a Ucrânia durante a noite e matou duas pessoas em bombardeio na cidade de Kherson, no sul do país, na manhã de quinta-feira, segundo autoridades ucranianas.
Os militares ucranianos disseram que as defesas aéreas abateram 24 dos 29 drones lançados em ataques às regiões de Odessa e Mykolaiv, no sul, e à região central de Kirovohrad.
A Rússia continua seus ataques ao sul da Ucrânia, onde estão localizados os portos ucranianos do Mar Negro e dos rios, mas deu poucos detalhes sobre a última onda de ataques que, segundo Kiev, concentrou-se na infraestrutura portuária e de grãos.
"O inimigo continua suas tentativas de destruir o porto e outras infraestruturas do sul e também está aterrorizando as regiões centrais", disse o comando militar do sul da Ucrânia.
Nove dos drones que foram destruídos foram abatidos sobre a região de Kirovohrad, afirmou o governador regional Andriy Raikovych.
Ele disse no aplicativo de mensagens Telegram que uma instalação de infraestrutura havia sido atingida e que os serviços de emergência estavam combatendo o incêndio resultante, mas não deu mais detalhes sobre o que havia sido danificado. Ele informou que não houve vítimas.
O governador da região de Kherson, Oleksandr Prokudin, deu poucos detalhes sobre o bombardeio em Kherson, mas disse que um homem e uma mulher morreram e outro homem havia sido ferido.
Uma mulher de 64 anos também foi ferida em um bombardeio matinal na cidade de Nikopol, na região central de Dnipropetrovsk, informou o governador regional Serhiy Lysak, acrescentando que 10 prédios, linhas de energia e um gasoduto foram danificados.
A Rússia tem realizado ataques aéreos com frequência desde o início de sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022, e a Ucrânia lançou uma contraofensiva no sul e no leste que, segundo ela, está progredindo gradualmente.
Embora Moscou negue ter deliberadamente civis como alvo, muitos foram mortos em ataques que atingiram áreas residenciais, bem como instalações de energia, defesa, portos, grãos e outras.
A Reuters não pôde verificar de forma independente os últimos relatos.
(Reportagem de Anna Pruchnicka)