Por Denis Pinchuk
MOSCOU (Reuters) - A Rússia manterá uma base naval e uma base aérea na Síria capazes de realizar ataques contra insurgentes caso necessário após uma retirada militar parcial anunciada pelo presidente Vladimir Putin, disse o Kremlin nesta terça-feira.
Putin ordenou na segunda-feira que uma "parte significativa" do contingente militar de Moscou comece a se retirar da Síria, declarando que seu trabalho foi em grande parte realizado.
Putin fez o anúncio durante visita surpresa à base aérea russa de Hmeymim, onde se encontrou com o presidente Bashar al-Assad e dirigiu-se às forças russas.
"Graças ao fato de que a operação para salvar a Síria e a libertação da terra síria dos terroristas foram concluídas, não há mais necessidade de uma força de combate em larga escala", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Ele acrescentou, no entanto, que a Rússia manteria a base aérea de Hmeymim na província síria de Latakia e sua base naval no porto de Tartous.
"O presidente enfatizou que os terroristas podem tentar 'crescer' novamente na Síria. Caso isso aconteça, golpes esmagadores serão realizados", disse Peskov.
A operação militar russa na Síria, que começou em setembro de 2015, mudou o rumo do conflito a favor de Assad, aliado de Moscou. Ela também estabeleceu a Rússia como um mediador no Oriente Médio, recuperando um papel que havia abandonado após o colapso da União Soviética.