MOSCOU (Reuters) - A Rússia prometeu nesta quinta-feira que reagir a novas sanções dos Estados Unidos, acusando Washington de elevar perigosamente a temperatura do confronto entre as potências nucleares, e convocou o embaixador norte-americano em Moscou para o que disse ser uma reunião difícil.
Washington impôs uma gama vasta de sanções à Rússia na manhã desta quinta-feira para puni-la por sua suposta interferência nas eleições norte-americanas, invasões cibernéticas, a intimidação da Ucrânia e outros atos "malignos". A Rússia nega interferência.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Maria Zakharova disse que as sanções contradisseram o desejo expresso pelo presidente dos EUA, Joe Biden, de normalizar as relações com Moscou, que ele mencionou em uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta semana.
"Alertamos os Estados Unidos diversas vezes sobre as consequências de seus passos hostis, que elevam perigosamente a temperatura do confronto entre nossos dois países", disse Zakharova em uma entrevista coletiva.
"Tal comportamento agressivo sem dúvida receberá uma refutação decisiva. Precisamos reconhecer que alguém precisa pagar pela degradação de nossas relações bilaterais. A responsabilidade pelo que está acontecendo é inteiramente dos Estados Unidos."
Ela disse que o embaixador dos EUA em Moscou, John Sullivan, já foi convocado à chancelaria.
"Não será uma reunião agradável para ele", afirmou.
(Por Gabrielle Tétrault-Farber e Andrew Osborn)