Por Katya Golubkova e Oksana Kobzeva
MOSCOU (Reuters) - A russa Gazprom recusou-se a reservar capacidade extra para enviar mais gás para a Europa a partir de janeiro em leilões nesta terça-feira, uma medida que teria ajudado a baixar os preços em um mercado assombrado por preocupações com as intenções de Moscou.
O Kremlin disse que a Rússia continua comprometida em começar a bombear gás adicional para a Europa assim que os tanques de armazenamento doméstico forem reabastecidos, de acordo com uma ordem dada à Gazprom na semana passada pelo presidente Vladimir Putin.
A Rússia fornece um terço do gás da Europa e suas intenções de fornecimento são críticas em um momento em que os preços disparam em todo o continente, atingindo residências e empresas.
Moscou disse que está cumprindo integralmente suas obrigações contratuais, embora a Agência Internacional de Energia e alguns políticos europeus tenham sugerido que Moscou pode fazer mais.
A Gazprom, no entanto, decidiu não reservar capacidade adicional de trânsito de gás via Ucrânia e Polônia para a Europa de janeiro a setembro de 2022, em um sinal de que não tem planos de fornecer mais do que seus volumes contratuais, pelo menos por meio dessas duas rotas.
Moscou nega estar retendo suprimentos para exercer pressão sobre os reguladores alemães para aprovar os embarques de gás através do novo gasoduto Nord Stream 2 através do Mar Báltico para a Alemanha.