(Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse nesta quinta-feira que está engajado em "diplomacia silenciosa" com os Estados Unidos sobre uma possível troca de prisioneiros que incluiria a estrela do basquete Brittney Griner.
Griner, duas vezes medalhista de ouro olímpica e estrela da WNBA, foi condenada a nove anos de prisão na Rússia por acusações de crimes ligados a drogas em 4 de agosto em uma decisão que o presidente dos EUA, Joe Biden, chamou de "inaceitável".
"A diplomacia silenciosa está em andamento e deve dar frutos se Washington a seguir, e não cair na propaganda através da promoção midiática para marcar pontos antes de uma eleição", disse Ivan Nechayev, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, referindo-se às eleições de meio de mandato dos EUA em novembro.
O Kremlin disse anteriormente que as autoridades norte-americanas estavam minando os esforços para garantir uma troca de prisioneiros ao recorrer à "diplomacia de megafone" sobre o caso.
Washington se ofereceu para trocar o traficante de armas russo Viktor Bout por Griner e o ex-fuzileiro naval Paul Whelan, disseram à Reuters fontes familiarizadas com a situação.
Whelan, que possui passaportes norte-americano, britânico, canadense e irlandês, foi condenado em 2020 a 16 anos de prisão após ser condenado por espionagem. Ele negou a acusação.
Griner, que recebeu prescrição de cannabis medicinal nos Estados Unidos para aliviar a dor de lesões crônicas, foi presa em 17 de fevereiro no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou, com cartuchos de vape contendo óleo de haxixe em sua bagagem.
A cannabis é ilegal na Rússia para fins medicinais e recreativos.
Griner, que se declarou culpada das acusações, disse que cometeu um erro honesto ao embalar inadvertidamente seus cartuchos de vape enquanto se apressava para pegar seu voo para a Rússia.
(Reportagem de Reuters)