ROMA (Reuters) - Dezenas de milhares de pessoas participaram neste sábado de uma manifestação no centro de Roma organizada por um movimento popular conhecido como "sardinhas", lançado há apenas um mês para protestar contra o líder de extrema-direita Matteo Salvini.
A mobilização das “sardinhas” começou na cidade de Bolonha em novembro, quando Mattia Santori, de 32 anos, e três amigos convidaram pessoas para protestar contra a Liga, de Salvini, cuja popularidade está em alta antes de uma eleição na região norte de Emilia-Romanha.
Salvini espera liderar uma direita ressurgente à sua primeira vitória eleitoral na região rica em 26 de janeiro. Ele diz que, se a esquerda perder o poder por lá, também deve deixar o governo da coalizão em Roma e abrir caminho para uma votação nacional.
Estudantes, aposentados e famílias com crianças encheram a Piazza San Giovanni, em Roma, em uma tarde ensolarada, alguns segurando fotos de sardinha e cantando uma canção popular de resistência.
Desde que seu protesto inaugural em Bolonha reuniu cerca de 15 mil pessoas, a popularidade das "sardinhas" se espalhou.
Eles realizaram atos maiores em várias cidades italianas, incluindo Turim e Milão, para protestar contra Salvini, cuja retórica anti-imigrante e Itália em primeiro lugar tem atingido muitos eleitores.
A manifestação em Roma parecia ser a maior até agora, com um policial no local estimando uma participação de 40 mil pessoas. Os organizadores não forneceram dados oficiais.