PARIS (Reuters) - O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy consolidou sua posição como líder da oposição de centro-direita no país neste sábado depois que seus correligionários aprovaram esmagadoramente a renomeação do partido para "Republicanos", em duro golpe para os adversários conservadores de olho na candidatura para as eleições presidenciais de 2017.
Um dia depois de 83 por cento dos mais de 210 mil membros apoiarem a mudança de nome, que antes era UMP (União para um Movimento Popular), Sarkozy rebateu os críticos que diziam que tratava-se de uma tentativa da direita de usurpar os valores de toda uma nação.
"Àqueles que nos acusaram de confiscar a República, eu quero responder que se eles não tivessem nos traído, abandonado e aviltado, nós não teríamos que restaurar o partido hoje", disse Sarkozy aos seus correligionários em congresso de lançamento da nova sigla.
Seus adversários de centro-direita com melhor chance de candidatura, Alain Juppe e François Fillon, ambos ex-primeiros-ministros e vistos como mais moderados, foram vaiados pelos membros do partido assim que pisaram no palco do congresso, embora Sarkozy tenha procurado defender os dois "estadistas".
O ex-presidente francês também recebeu apoio de sua equivalente na parceria "Merkozy", a chanceler alemã Angela Merkel, que enviou uma mensagem de vídeo para congratulá-lo.
A eleição da nomenclatura representou um novo marco no retorno de Sarkozy à política, embora essa volta continue sob risco por conta dos adversários dentro do partido e de eventuais problemas com a Justiça.
(Por Sophie Louet e Ingrid Melander)