BUENOS AIRES (Reuters) - O principal candidato da oposição à Presidência da Argentina, Mauricio Macri, disse nesta quinta-feira que se vencer as eleições de outubro, espera que o chefe do Banco Central apresente sua renúncia, segundo a mídia local.
Durante os últimos anos do governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, a oposição e economistas têm criticado a gestão do Banco Central, atualmente comandado por Alejandro Vanoli, pela falta de independência.
Macri, prefeito de Buenos Aires que conseguiu 24 por cento dos votos nas eleições primárias abertas frente aos 38 por cento do candidato governista, Daniel Scioli, disse durante reunião com empresários que Vanoli é um "militante" do governo.
"Espero que algumas autoridades tenham a dignidade de renunciar, como Alejandro Vanoli", disse ele, segundo o jornal El Cronista.
Vanoli foi nomeado para o cargo em outubro do ano passado para suceder Juan Carlos Fábrega, que renunciou, e seu mandato termina em 2019.
O Banco Central atualmente mantém um tipo de câmbio "administrado" por meio da compra e venda diária de divisas no mercado local. Mas Macri disse que, se vencer em 25 de outubro, acabará com a intervenção cambial.