NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse nesta sexta-feira que o governo dos Estados Unidos exigiu a libertação de dois repórteres da Reuters detidos em Mianmar.
“Nossos representantes locais na missão em Mianmar, na embaixada, estão expressando nossas preocupações sobre a detenção dos indivíduos, exigindo libertação imediata deles ou informações sobre a circunstância em torno do desaparecimento”, disse Tillerson a repórteres.
A embaixada dos EUA em Mianmar informou nesta sexta-feira estar preocupada de que não há notícias sobre o paradeiro dos dois jornalistas da Reuters três dias após terem sido detidos, e que autoridades não permitiram que suas famílias os visitassem.
O Ministério da Informação de Mianmar informou na quarta-feira que os repórteres, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, e dois policiais, enfrentavam acusações sob o Ato de Segredos Oficiais, da era colonial britânica, embora autoridades tenham revelado que eles não foram acusados. A lei de 1923 possui sentença prisional máxima de 14 anos.
Os jornalistas haviam trabalhado em reportagens sobre uma repressão militar no Estado de Rakhine, que gerou a fuga de mais de 600 mil muçulmanos rohingya para o sul de Bangladesh desde o final de agosto.
“Nós continuamos preocupados com os jornalistas da Reuters Wa Lone e Kyaw Soe Oo”, informou a embaixada dos EUA em publicação em sua página no Facebook. “Suas famílias e outros não tiveram permissão de vê-los e nem mesmo sabem onde eles estão detidos”.
No Japão, Motosada Matano, porta-voz do primeiro-ministro, Shinzo Abe, disse que o governo japonês está monitorando a situação de perto. Ele disse que o Japão tem realizado um diálogo com o governo de Mianmar sobre direitos humanos em Mianmar em geral.