Por Simon Lewis e Valerie Volcovici
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pediu nesta segunda-feira que os diplomatas norte-americanos pelo mundo contestem os países cujas ações vão contra as iniciativas para combater as mudanças climáticas.
Blinken fez seu primeiro pronunciamento sobre mudanças climáticas em Anápolis, no Estado de Maryland, antes de uma cúpula virtual sediada pelos Estados Unidos nesta semana.
O presidente Joe Biden convidou 40 líderes mundiais para discutir novas medidas que serão tomadas para fortalecer os compromissos para reduzir as emissões estabelecidos sob o acordo de Paris, em uma proposta para sinalizar que ele está priorizando a questão e tentando angariar o apoio global já no início de seu governo.
"Nossos diplomatas irão contestar as práticas de países cujas ações - ou a falta delas - estão fazendo o mundo retroceder", disse Blinken.
"Quando países continuam a depender de carvão para uma quantidade significativa de sua matriz energética, ou ainda estão investindo em usinas de carvão, ou permitem o desmatamento desenfreado, eles irão escutar dos Estados Unidos e de nossos parceiros sobre o quão prejudiciais são essas ações."
Blinken afirmou que o governo Biden irá colocar a crise climática no centro de sua política externa, mas que isso não significa que o progresso de alguns países na questão climática é "como um passe livre para desculpar qualquer tipo de comportamento errado".
O secretário não se referiu a um país específico, mas ativistas de direitos humanos já expressaram preocupações de que a vontade do governo em cooperar com a China na redução das emissões gera preocupações de que as políticas de opressão do governo chinês possam ser relevadas.