Por Humeyra Pamuk e David Brunnstrom
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos visa impulsionar a cooperação econômica e de segurança com o Sudeste Asiático por meio de uma visita de seu principal diplomata à região na semana que vem, à medida que tenta criar uma frente unida contra a China na região do Indo-Pacífico.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai à capital da Indonésia, Jacarta, na segunda-feira, e também vai à Malásia e à Tailândia em sua primeira viagem ao Sudeste Asiático desde que o presidente Joe Biden assumiu, em janeiro.
O Sudeste Asiático se tornou um campo de batalha estratégico entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do mundo. A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, rota de comércio vital que conecta a região, e aumentou a pressão política e militar contra a autônoma Taiwan, que Pequim considera sua.
Blinken vai buscar o objetivo de Biden de elevar as relações com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) a níveis "sem precedentes", focando em fortalecer a infraestrutura de segurança regional frente à presença da China e discutir a visão do presidente para uma estrutura econômica indo-pacífica, disse o principal diplomata dos EUA para a Ásia, Daniel Kritenbrink, aos repórteres antes da viagem.
O governo Biden vê o Sudeste Asiático como parte vital de seus esforços para contra-atacar o crescente poder da China, mas a falta de uma estrutura formal para o relacionamento econômico desde que o ex-presidente Donald Trump deixou um acordo de comércio regional em 2017 limitou sua capacidade de exercer influência, enquanto a de Pequim só cresceu.