Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco pediu aos administradores do Vaticano em suas saudações de Natal anuais nesta quinta-feira que sejam humildes, mas os poupou das críticas fulminantes à burocracia em anos anteriores.
Em um discurso à Cúria, como é conhecida a burocracia central da Igreja Católica, ele usou a palavra "humildade" quase 30 vezes, mas sua abordagem foi nitidamente mais suave do que no passado.
Ele disse que os administradores, incluindo cardeais e bispos, assim como funcionários de escalão mais baixo, não deveriam permanecer "fechados em seu mundinho", formar panelinhas ou se sentir indispensáveis.
Em vez disso, deveriam se ater a um estilo de vida mais discreto enquanto o ajudam a administrar a igreja de 1,3 bilhão de membros de sua sede no Vaticano.
"Somente servindo e vendo nosso trabalho como serviço podemos ser verdadeiramente úteis a todos. Estamos aqui -- eu mais do que qualquer outro -- para aprender como nos ajoelharmos e adorarmos o Senhor em sua humildade, não outros senhores com seus paramentos vazios", disse ele aos administradores reunidos em um salão do Vaticano.
"Chega o momento na vida de cada indivíduo em que ele ou ela deseja colocar de lado o brilho da glória deste mundo em nome da plenitude de uma vida autêntica, sem mais nenhuma necessidade de armadura ou máscaras", disse ele.
Em momentos anteriores, o papa aproveitou a ocasião para listar o que chamou de "enfermidades" e "doenças" da Cúria.