WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos abriu caminho nesta terça-feira para a aprovação de recursos imediatos de 1,1 bilhão de dólares para o combate do Zika vírus, que é associado com a má-formação craniana de recém-nascidos, uma verba bem acima do que está na legislação pendente na Câmara dos Deputados.
Por 68 votos contra 29, os senadores limitaram o debate sobre a medida, abrindo o caminho para uma provável aprovação do Senado nesta semana. Duas outras iniciativas de financiamento não conseguiram apoio suficiente para avançar no Senado.
Enquanto isso, a Casa Branca ameaçou vetar uma proposta de 622,1 milhões de dólares relacionada ao vírus que poderia passar na Câmara dos Deputados no fim desta semana, dizendo que ela era “terrivelmente inadequada”.
Ao contrário da legislação do Senado, o projeto da Câmara requer que os 622,1 milhões de dólares sejam totalmente compensados com cortes de gastos em outras áreas.
Muitos republicanos conservadores na Câmara se recusam a aprovar recursos para o Zika que aumentariam os déficits orçamentários federais, enquanto democratas e alguns senadores republicanos são favoráveis a tratar o problema como uma emergência que não teria que ser financiada com cortes de gastos.
Não está claro quanto tempo vai levar para que as duas Casas resolvam as suas diferenças uma vez que elas passem as suas respectivas propostas.
Autoridades de saúde norte-americanas concluíram que infecções do Zika em gestantes podem causar a microcefalia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que há forte consenso científico de que o Zika também causa a Guillain-Barré, uma síndrome neurológica rara que provoca paralisia temporária em adultos.
(Reportagem de Richard Cowan e Timothy Gardner)