Por Hyonhee Shin
SEUL (Reuters) - O presidente da Coreia do Sul ordenou nesta quarta-feira que autoridades estudem apelar a um tribunal internacional contra a decisão do Japão de liberar água contaminada de sua usina nuclear destruída de Fukushima no mar, em meio a protestos de pesqueiros e grupos ambientais.
De acordo com planos revelados pelo Japão na terça-feira, a liberação de mais de um milhão de toneladas de água contaminada da usina danificada em 2011 por um terremoto e um tsunami começará em cerca de dois anos, após uma filtragem para a remoção de isótopos prejudiciais.
O plano enfrentou uma oposição imediata dos vizinhos Coreia do Sul, China e Taiwan.
A Coreia do Sul protestou com veemência da decisão, convocando Koichi Aiboshi, embaixador de Tóquio em Seul, e marcando uma reunião intra-agências de emergência para formular sua reação.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que autoridades deveriam analisar maneiras de contestar a ação japonesa no Tribunal Internacional conforme a Lei dos Mares, inclusive solicitando uma medida cautelar, disse seu porta-voz, Kang Min-seok, em uma entrevista coletiva.
Moon também expressou preocupação sobre os planos do Japão quando Aiboshi apresentou suas credencias. O embaixador japonês chegou à Coreia do Sul em fevereiro para assumir o cargo.
"Só posso dizer que há muitas preocupações sobre uma decisão aqui, sendo um país que está geologicamente mais próximo e compartilha o mar com o Japão", disse Moon, pedindo que Aiboshi transmita tais receios a Tóquio, de acordo com Kang.
(Reportagem adicional de Yew Lun Tian em Pequim)