Por AJ Vicens
DETROIT (Reuters) - Autoridades federais divulgaram um indiciamento acusando um soldado dos Estados Unidos de vender e tentar vender registros telefônicos confidenciais.
Cameron John Wagenius foi preso em 20 de dezembro e acusado em um tribunal em Waco, Texas, por duas acusações de transferência ilegal de informações confidenciais de registros telefônicos, de acordo com registros judiciais tornados públicos na segunda-feira. Os documentos não especificaram seu posto ou onde ele estava lotado.
"Estamos cientes da prisão de um soldado de Fort Cavazos", disse o coronel Kamil Sztalkoper, porta-voz do 3º Corpo Blindado, à Reuters por e-mail. "O 3º Corpo Blindado continuará a cooperar com todas as agências de aplicação da lei conforme necessário". Fort Cavazos, anteriormente conhecido como Fort Hood, está localizado no Texas.
Sztalkoper direcionou mais perguntas à Divisão de Investigação Criminal do Exército, que disse à Reuters estar trabalhando com parceiros federais e que não compartilharia informações adicionais.
Os registros judiciais não forneceram detalhes específicos sobre as acusações, mas o jornalista de cibersegurança Brian Krebs informou em seu site que Wagenius usava o nome "Kiberphant0m" online e compartilhava alegações de múltiplos hacks, incluindo registros de chamadas supostamente relacionados à vice-presidente Kamala Harris e ao presidente eleito Donald Trump. Krebs afirmou que Wagenius tinha 20 anos, mas os registros do tribunal ou o Exército não confirmaram essa informação.
O advogado de Wagenius não pôde ser imediatamente contatado para comentar o caso.
Um juiz do Texas ordenou que Wagenius fosse transferido para Seattle, onde estão baseados os promotores federais responsáveis pelo caso, de acordo com o documento judicial.
(Reportagem de A.J. Vicens)