Por Nidal al-Mughrabi e Ori Lewis
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Atiradores palestinos mataram um soldado israelense na fronteira com Gaza nesta sexta-feira, disseram militares de Israel, que lançaram dezenas de ataques a Gaza que mataram quatro palestinos, incluindo três militantes do Hamas.
O soldado foi o primeiro a ser morto no front de Gaza em serviço desde uma guerra de 2014 entre Israel e o Hamas, disse um porta-voz do Exército israelense. Ele estava em "atividade operacional" quando, junto a outros colegas, foi atacado, segundo os militares.
Ao menos quatro palestinos foram mortos em ataques subsequentes de Israel, de acordo autoridades médicas palestinas. O Hamas, um movimento armado islâmico que controla Gaza, disse que três dos mortos eram combatentes seus. O quarto era um manifestante, disseram residentes locais e médicos. Ao menos 120 pessoas de Gaza ficaram feridas.
Autoridades de segurança do Egito e um diplomata de outro país não-identificado disseram que estavam em contato com o Hamas e Israel em um esforço para restaurar calma e evitar mais deteriorização, disse uma autoridade palestina à Reuters. Gaza estava relativamente silenciosa após meia noite, disseram moradores.
Segundo um porta-voz do Hamas, o grupo e Israel concordaram em restaurar a tranquilidade na Faixa de Gaza. "Com os esforços do Egito e da ONU, concordou-se em voltar à fase de calma entre Israel e as facções palestinas", disse à Reuters o porta-voz do Hamas Fawzi Barhoum.
Israel afirmou que suas aeronaves e tanques atingiram dezenas de alvos do Hamas e pontos ao longo da Faixa de Gaza, incluindo um local de drones, sistemas de defesa aéreos e postos de observação.
"O evento que ocorreu hoje é algo que não podemos tolerar e permitir que se torne uma norma de rotina, foi a razão de termos retaliado e por isso que continuamos a alvejar posições pertencentes ao Hamas", disse o tenente-coronel Jonathan Conricus, porta-voz do Exército isralense.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, realizou discussões emergenciais com colegas de gabinete e chefes militares sobre a escalada, que ocorre após quatro meses de protestos palestinos na fronteira.