Por Abdi Sheikh
MOGADÍSCIO (Reuters) - O embaixador da Somália na ONU acusou nesta segunda-feira tropas etíopes de fazerem incursões ilegais na fronteira compartilhada entre os países, provocando confrontos entre forças de segurança locais.
Pelo menos 3.000 soldados etíopes estão posicionados no país do Chifre da África, como parte de uma missão de manutenção de paz da União Africana (ATMIS) combatendo o Al Shabaab, uma milícia islâmica que controla grande parte da Somália.
Entre 5.000 e 7.000 soldados etíopes adicionais estão posicionados em várias regiões, dentro de um acordo bilateral.
Um contingente de soldados etíopes cruzou à região de Hiraan, na Somália, para monitorar ameaças do Al Shabaab, no último sábado, e se retiraram no domingo, disseram vários anciões locais à Reuters.
Porta-vozes do Exército e o Ministério das Relações Exteriores da Etiópia não responderam ao pedido por comentários em um primeiro momento.
O embaixador da Somália na ONU, Abukar Dahir Osman, disse que a recente “desventura” da Etiópia forçou o país a adiar a próxima retirada de tropas da ATMIS de julho para setembro.
A ATMIS está comprometida e se retirar até 31 de dezembro, quando uma força nova e menor deve substituí-la.
(Reportagem de Abdi Sheikh)