Por Lawrence Hurley
WASHINGTON (Reuters) - A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira a favor de uma mulher muçulmana que entrou com um processo por discriminação após ter sido rejeitada, aos 17 anos, num processo seletivo para ser vendedora na varejista de roupas Abercrombie & Fitch, no Estado de Oklahoma.
Em uma decisão por 8 votos a 1 no importante caso de direitos religiosos, a corte apoiou Samantha Elauf, que havia sido rejeitada no possível emprego por conta da "política de aparências" de vendedores da Abercrombie, após ter ido para a entrevista de emprego vestindo um véu que lhe cobria a cabeça, o chamado hijab, utilizado por muitas mulheres muçulmanas.
A decisão marcou uma vitória para a Comissão de Igualdade em Oportunidades de Emprego dos EUA (EEOC, em inglês), a agência federal que processou a companhia em nome de Samantha após ela ter sido rejeitada para trabalhar na loja Abercrombie Kids na cidade de Tulsa, em 2008.
"A prática da minha fé não deve evitar que eu consiga um emprego. Estou feliz que fui atrás dos meus direitos, e estou feliz que a EEOC me ajudou e levou a minha queixa pra a Justiça", disse Samantha em um comunicado divulgado pela EEOC.
Ela inicialmente vencera uma decisão de 20 mil dólares contra a Abercrombie perante uma corte distrital. Mas um tribunal de apelações em Denver anulou essa decisão a favor da Abercrombie, antes de o caso ir para a Suprema Corte.