Por Tim Hepher
PARIS (Reuters) - A Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) subiu para o topo da lista dos riscos enfrentados pela indústria de aviação, disse um dos principais arrendadores de aeronaves, superando preocupações tradicionais com combustível e moedas.
Um surto de Mers na Coreia do Sul, que começou no mês passado e é o maior fora da Arábia Saudita, já infectou 166 pessoas, matando 24 delas.
"Você vê as companhias aéreas cancelando alguns voos de Taiwan para a Coreia e grupos de turismo começando a cancelar. Por isso, esperamos superar isso rapidamente e que o mundo tenha aprendido com a Sars", disse o chefe-executivo da empresa de leasing BOC Aviation, Robert Martin, à Reuters.
Ações de empresas de aviação tailandesas e do setor hoteleiro caíram nesta sexta-feira após a Tailândia confirmar seu primeiro caso de Mers.
O caso tailandês pode agravar os temores na Ásia de uma repetição de um surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), entre 2002 e 2003, que começou na China e matou cerca de 800 pessoas em todo o mundo.
"Isso se tornou o risco número um ao longo das últimas semanas. O problema com a Mers é que é mais difícil de pegar, mas a taxa de mortalidade é mais elevada, uma vez que você tem a doença", disse Martin em entrevista.