BEIRUTE (Reuters) - O ministro do Exterior da Síria condenou neste domingo a "interferência" britânica nos assuntos sírios, depois de um ministro britânico ter sinalizado que o Reino Unido estaria se aproximando de uma ação militar no país afetado pela guerra.
A agência estatal de notícias SANA afirmou que o ministro do Exterior havia enviado duas cartas a líderes das Nações Unidas. Elas se contrapunham a "opiniões imprudentes" das autoridades britânicas e acusavam o Reino Unido e a França de terem uma agenda "colonialista".
No sábado, o ministro das Finanças britânico, George Osborne, afirmou que o país e a Europa tinham que encontrar uma maneira de lidar com o conflito na Síria, que alimentava a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Ele descreveu o governo do presidente Bashar al-Assad como "maligno".
"Você tem que lidar com o problema na fonte, que é o maligno regime Assad e os terroristas do Estado Islâmico, e você precisa de um plano para uma Síria mais estável e pacífica", afirmou Osborne em entrevista à Reuters.
O jornal Sunday Times disse que o governo britânico quer uma votação no Parlamento em outubro para abrir caminho para ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria.
No entanto, Osborne disse neste domingo que o governo não vai convocar essa votação se não puder garantir o apoio da oposição.
O jornal Le Monde afirmou no sábado que Paris também considerava ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria.
(Por John Davison)