GENEBRA (Reuters) - O chefe da delegação da Síria em Genebra disse que a responsável pela política externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, pediu que o seu governo se engajasse de forma positiva nas negociações de paz nesta quarta-feira, e ele acreditava que a rodada de negociações havia quebrado o impasse diplomático.
Mogherini chegou de forma inesperada em Genebra nesta quarta, o que possivelmente mostrava as preocupações de que as negociações sobre a Síria pudessem ficar bloqueadas caso não ocorressem logo avanços sobre o tema da transição política.
"Ela passou uma carta de apoio para o diálogo entre sírios”, disse Bashar Ja'afari à imprensa. “Ela veio nos apoiar para que nos engajássemos positivamente nas negociações que levariam a um fim para crise síria”, disse ele depois da reunião rara com uma alta autoridade ocidental.
Mogherini, mais cedo, conversou com o coordenador do opositor Comitê de Altas Negociações, Riad Hijad.
Ja'afari disse para ela que queria que a UE reabrisse as suas embaixadas e suspendesse as sanções contra Damasco, mas afirmou que ao mesmo tempo que a sua equipe voltaria para uma segunda rodada de negociações em Genebra, ele havia dito ao mediador das Nações Unidas, Staffan de Mistura, que não poderia retornar antes das eleições sírias em 13 de abril.
Ativistas e diplomatas afirmaram que o mediador das Nações Unidas estava finalizando um documento para os delegados nas negociações que irá sintetizar os pontos de convergência entre eles, mas não deve provavelmente entrar do tema polêmico da transição política.
Com uma frágil trégua em vigor na Síria, os lados em guerra já estão há mais de uma semana em negociações, mas os representantes do governo se negaram a discutir uma transição política ou o destino do presidente Bashar al-Assad, que, para os líderes da oposição, deve deixar o poder.
(Por Suleiman Al-Khalidi e Tom Miles)