LOS ANGELES (Reuters) - Tarzan pode ter deixado as florestas, mas o chamado da selva mostrou-se irresistível para o herói que salta entre os cipós, e ele é atraído de volta para as florestas africanas e acaba se vendo numa busca para salvar a sua mulher sequestrada e o povo congolês num novo filme.
"A Lenda de Tarzan", programado para estrear nos cinemas norte-americanos na sexta-feira, traz o Tarzan, interpretado pelo ator sueco Alexander Skarsgard, com o nome de John Clayton, morando num solar na Inglaterra vitoriana e casado com Jane, interpretada por Margot Robbie.
Contudo, um convite do Congo leva os Claytons de volta, onde eles sofrem uma emboscada, e Jane é sequestrada pelo nefasto Leon Rom (Christoph Waltz), que tem a tarefa de entregar Tarzan a um chefe tribal em troca de diamantes.
"É como se fosse a história tradicional ao contrário. A gente volta para o Congo em vez de começar de lá”, disse a atriz Margot Robbie à Reuters.
Skarsgard, mais conhecido por interpretar um vampiro na série da HBO “True Blood”, é a mais recente estrela a viver Tarzan, adquirindo massa muscular por nove meses para incorporar a força do herói das selvas e a sua agilidade, semelhante a de um animal.
"Uma transformação para um ator é sempre empolgante”, afirmou Skarsgard. “Foi difícil fisicamente e mentalmente às vezes porque você fica muito isolado de amigos e família por nove meses. Não foi difícil de certa maneira porque eu estava empolgado e motivado demais.”
A história ficcional de Tarzan, baseada nos livros de Edgar Rice Burroughs, é trançada com a história real de George Washington Williams, historiador afro-americano, que viajou para o Congo e criticou o rei Leopoldo 2° da Bélgica pelo tratamento brutal e cruel dado ao povo congolês.
No filme, Samuel L. Jackson interpreta Williams, que ajuda a salvar o povo congolês de ser escravizado pelos militares belgas.
"É uma maneira de estabelecer alguma precisão histórica”, disse Jackson. “Isso foi algo que de fato estava acontecendo no Congo na época, e o rei Leopoldo é responsável por um dos maiores holocaustos na África”.