SANTIAGO, (Reuters) - Motoristas de táxi no Chile protestaram nesta quinta-feira contra o serviço de transportes urbanos Uber [UBER.UL], com as autoridades indicando que estavam considerando mais supervisão regulatória para lidar com o serviço.
Ao bloquear uma avenida no centro de Santiago, o protesto dos motoristas de táxi foi o mais novo em uma série de manifestações contra o serviço ao redor do mundo, o qual os críticos acusam de burlar leis trabalhistas, comprimir os salários e ser inseguro.
"Eu não sou contra o trabalho deles - todos temos o direito de ganhar dinheiro - mas isto reduziu muito nossos negócios", disse o motorista de táxi Jaime Poblete Soto, de 30 anos. "A queda (no número de passageiros) se tornou muito óbvia."
O Uber Chile, que iniciou as operações em dezembro de 2014 e agora tem cerca de 10 mil motoristas registrados, de acordo com a empresa, pediu repetidamente que as autoridades nacionais estabelecessem uma estrutura regulatória mais clara para os serviços de transportes urbanos. Por enquanto, disse a empresa, os motoristas operam em uma zona legal cinzenta.
"O que nós fazemos não é coberto pela lei atual, então pedimos ajuda para tentar encontrar uma maneira de regulamentar isto, mas ouvimos um "não'", disse o presidente-executivo do Uber Chile, Carlos Schaaf.
O ministro dos Transportes do Chile, Andrés Goméz-Lobos, disse que se um veículo fosse pego transportando passageiros em troca de pagamento fora das leis atuais ele seria autuado. No entanto, ele também disse que o Uber poderia ser incluído nas regulamentações atuais do Chile se houver "amplo acordo" no Congresso.
(Por Reuters TV)