Por Laura Sánchez
Investing.com - Riscos geopolíticos continuam a ocorrer e acrescentam pessimismo no sentimento de aversão ao risco nesta sexta-feira (19). Hoje, China anunciou que enviará tropas à Rússia para realizar grandes exercícios militares conjuntos por uma semana, em meio a crescentes tensões com os Estados Unidos e a Europa sobre a invasão da Ucrânia por Moscou.
A Rússia quer apresentar essas 'manobras' como um símbolo de apoio internacional, apesar das sanções e outros esforços para isolar o país devido à guerra com a Ucrânia, segundo o The Guardian .
Por seu lado, o Ministério da Defesa chinês alega que a sua participação nos exercícios “não está relacionada com a atual situação internacional e regional”, segundo um comunicado recolhido pelo South China Morning Post, mas faz parte de um acordo anual de cooperação bilateral com a Rússia.
"O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, aumentar o nível de colaboração estratégica entre as partes participantes e fortalecer a capacidade de responder a várias ameaças à segurança", disse o comunicado.
Pequim já semeou novamente a tensão internacional após vários exercícios militares perto de Taiwan após a visita de uma delegação dos EUA liderada pela presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi.
A verdade é que o presidente chinês Xi Jinping e seu colega russo, Vladimir Putin, se aproximaram. Enquanto a China afirma que assumiu uma posição neutra na guerra da Rússia na Ucrânia, os EUA a acusam de apoio tácito ao não condenar a invasão e criticar as sanções ocidentais contra Moscou.
Soma-se a isso o fato de que ambos participarão da cúpula do G20 na ilha de Bali em novembro próximo, conforme anunciado na sexta-feira por um ex-assessor do presidente indonésio e relatado pela Bloomberg .