Por Lidia Kelly e Marcin Goettig
VARSÓVIA (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse neste sábado que grupos de trabalho para resolver o que os EUA veem como falhas no acordo nuclear iraniano já começaram a se reunir, tentando determinar o escopo do que é necessário e do quanto o Irã precisa estar engajado.
Tillerson, encerrando uma semana de viagens pela Europa em Varsóvia, disse que havia garantido o apoio do Reino Unido, França e Alemanha --todas as partes do acordo de 2015-- para trabalhar no acordo que o presidente Donald Trump avisou que deixará a menos que sejam feitas mudanças.
"É sempre mais escuro antes do amanhecer", disse Tillerson a jornalistas. "Os grupos de trabalho já começaram a se encontrar por esforços para acordar princípios, qual o escopo do que estamos tentando abordar e também quanto engajaremos o Irã nas discussões para abordar essas questões", disse.
O acordo nuclear deu ao Irã um alívio de sanções com custos de bilhões de dólares em troca de reduções em seu programa atômico.
Trump se comprometeu a restaurar sanções dos EUA a menos que os europeus concordassem em fortalecer os termos do acordo. Trump também quer mais restrições sobre o programa de míssil balístico do Irã.
O Irã rejeitou qualquer renegociação.
Tillerson disse que o acordo nuclear era apenas uma parte "pequena" da política dos EUA no Oriente Médio e que Washington estava mais preocupado imediatamente sobre outras questões, incluindo o apoio do Irã aos rebeldes houthis no Iêmen e seu fornecimento de armas a milícias da região.
"Nosso grupo de trabalho também está pretendendo identificar áreas de maior cooperação com a Europa para deter o comportamento maligno do Irã", afirmou.