Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse nesta terça-feira que Cuba "precisa começar a enfrentar os desafios de direitos humanos" se quiser que Washington preserve a iniciativa de normalização das relações iniciada pelo ex-presidente Barack Obama.
Tillerson, que falava ao Comitê de Relações Exteriores do Senado dias antes de um possível anúncio do presidente Donald Trump sobre uma mudança de política em relação a Cuba, disse que a abertura da ilha comunista levou a um aumento de visitas de norte-americanos e de laços comerciais dos EUA com o vizinho.
Mas acrescentou: "Achamos que obtivemos muito pouco em termos de mudar o comportamento do regime de Cuba, de restringir seu povo, e hoje ele tem pouco incentivo para mudar isso".
Na semana passada a Reuters noticiou que Trump deve visitar Miami já na sexta-feira para anunciar uma nova política para Cuba que pode endurecer as regras para o comércio e as viagens, revogando partes da abertura de seu antecessor democrata para a ilha.
Muitos dos colegas republicanos de Trump, e alguns democratas, foram contra a mudança de abordagem de Obama, dizendo que Cuba não fez o suficiente para permitir qualquer relaxamento no embargo de 50 anos no comércio e nas viagens.
Mas as medidas se mostraram populares entre o público, as empresas dos EUA e muitos parlamentares de ambos os partidos.