PARIS (Reuters) - A polícia interrogou parentes de um homem morto por soldados em um aeroporto de Paris enquanto buscam pistas do porquê ele tentou pegar um rifle, incidente que elevou a segurança ao nível máximo durante a campanha eleitoral francesa.
O promotor de Paris, François Molins, disse mais tarde no sábado que o homem, identificado como Ziyed Ben Belgacem, de 39 anos, gritou que estava lá para “morrer por Alá” quando tentou pegar a arma de uma membro da força aérea que estava em patrulha no aeroporto Orly.
Após jogar uma sacola contendo gasolina e apontar uma arma para a cabeça da soldado, ele foi baleado três vezes por seus colegas.
Mais de 230 pessoas morreram na França nos últimos dois anos nas mãos de assassinos aliados ao grupo militante Estado Islâmico. Isto incluiu os ataques a bomba e tiroteios coordenados em Paris, em novembro de 2015, quando 130 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas.
Com o país em meio a uma campanha eleitoral acirrada antes de uma eleição presidencial em dois turnos, em abril e maio, os ataques alimentaram o debate político sobre segurança.
Belgacem, que entrou e saiu da prisão por roubo e tráfico de drogas, de acordo com fontes judiciais, já estava no radar das autoridades. Eles disseram que ele se tornou um muçulmano radial quando foi preso anos atrás por tráfico de drogas.
Ele estava se reportando à polícia regularmente sob os termos de liberdade provisória sob custódia por roubo e não tinha o direito de deixar o país.
Algumas horas antes de ser morto, Belgacem atirou e feriu um policial com sua pistola de ar após uma parada de trânsito rotineira ao norte de Paris antes de fugir, disseram autoridades.
Depois, ele entrou em um bar em Vitry-sur-Seine, do outro lado de Paris e abriu fogo com sua pistola de ar sem atingir ninguém. Ele também roubou um carro antes de chegar ao aeroporto.