Por Rich McKay
CHATTANOOGA, Estados Unidos (Reuters) - Quatro fuzileiros navais norte-americanos morreram nesta quinta-feira após um atirador abrir fogo em dois centros militares em Chattanooga, no Estado do Tennessee, no que autoridades locais descreveram como atos de terrorismo interno.
O FBI identificou o suspeito como Mohammod Youssuf Abdulazeez, de 24 anos, mas disse que era muito cedo para especular sobre um motivo para o ataque, que ocorre num momento em que as autoridades militares e policiais dos EUA estão cada vez mais preocupadas com a ameaça representada por "lobos solitários" a alvos nacionais.
"Estamos tratando isso como um ato de terrorismo doméstico", disse o procurador para o Distrito Leste do Tennessee, Bill Killian, acrescentando que ainda não há nenhuma determinação oficial sobre a natureza do crime.
Outras três pessoas ficaram feridas nos ataques que começaram por volta de 10h45 (horário local) e acabaram meia hora depois.
O chefe da polícia de Chattanooga, Fred Fletcher, disse em entrevista coletiva que o atirador agiu "brutalmente e descaradamente". A emissora NBC informou que o atirador nasceu no Kuweit e era naturalizado norte-americano.
Autoridades dos EUA disseram que policiais estão investigando se ele foi inspirado pelo Estado Islâmico ou um grupo militante semelhante.
O presidente norte-americano, Barack Obama, ofereceu condolências às famílias das vítimas e disse que os agentes agirão rápido para obter respostas sobre o tiroteio.
"É uma circunstância devastadora para estes indivíduos que serviram ao nosso país com grande coragem para serem mortos desta forma", disse Obama em declaração na Casa Branca.
Testemunhas afirmaram que o atirador, que dirigia um carro Ford Mustang, disparou contra duas instalações, incluindo um centro de recrutamento militar e um centro de reserva da Marinha separados por cerca de 10 quilômetros.
O comércio, uma escola e outras localidades perto das áreas do tiroteio foram isolados.
Uma testemunha de uma vidraçaria perto do centro naval disse que a área foi isolada, após o tiroteio ter começado lá por volta das 11h (horário local). "Ouvimos vários tiros", disse a testemunha Marilyn Hutcheson.
(Reportagem de Suzannah Gonzales, em Chicago; de Brendan O'Brien, em Milwaukee; e de Emily Stephenson, Julia Edwards e David Alexander, em Washington)