(Reuters) - Um tribunal egípcio adiou nesta terça-feira a decisão final sobre uma recomendação de sentença de morte contra o ex-presidente Mohamed Mursi e outros líderes da Irmandade Muçulmana, em um caso relacionado à fuga de uma prisão em 2011.
O juiz disse que o caso foi adiado para 16 de junho.
No mês passado, a corte pediu a pena de morte para Mursi depois que ele e os outros réus, incluindo o líder máximo da Irmandade, Mohamed Badie, foram condenados pela morte e sequestro de policiais, ataque a instalações policiais e fuga da prisão durante um levante contra o então presidente Hosni Mubarak.
A decisão foi encaminhada à época para a máxima autoridade religiosa do Egito, o grão-mufti, para um parecer de cumprimento não obrigatório. O juiz Shaaban el-Shami disse que o tribunal recebeu o parecer do mufti nesta terça-feira de manhã e precisa de tempo para discutir o assunto.
Mursi pode recorrer da sentença. Ele alega que a corte não é legítima, e afirma que os processos judiciais contra ele fazem parte de um golpe do ex-comandante militar e atual presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi.
(Reportagem de Mahmoud Mourad; Reportagem adicional de Ahmed Tolba)