Por Elias Biryabarema
KAMPALA (Reuters) - Um ataque suicida triplo matou três pessoas no centro da capital de Uganda nesta terça-feira, fazendo parlamentares e outros correrem em busca de abrigo enquanto carros estavam em chamas, no mais recente de uma onda de ataques a bomba.
As explosões em Kampala chocaram uma nação conhecida como um bastião contra militantes islâmicos violentos da África Oriental, e cujo líder cultiva há anos o apoio de segurança do Ocidente.
Ao menos 33 pessoas estavam sendo tratadas em hospitais, cinco delas em estado grave, disse o porta-voz da polícia Fred Enanga.
O número total de mortos, incluídos policiais e os três homens-bomba, é de seis, informou Enanga. Um diplomata disse à Reuters que dois policiais foram mortos.
Ninguém assumiu a responsabilidade, mas a polícia disse que a inteligência indicava a autoria das Forças Democrática Aliadas (ADF), alinhadas ao Estado Islâmico.
"Nossa inteligência... indica que estes são grupos terroristas domésticos que são ligados às ADF", disse Enanga.
As explosões ocorridas com três minutos de intervalo, a primeira delas perto da delegacia central de polícia e a segunda muito próxima do Parlamento, fizeram funcionários de escritórios ensanguentados fugirem em busca de abrigo sobre estilhaços de vidro enquanto uma coluna de fumaça branca se erguia sobre o centro da cidade.
Um homem-bomba com uma mochila se explodiu perto do posto de verificação da delegacia de polícia e matou duas pessoas, disse Enanga. O segundo ataque, realizado por dois homens-bomba em motos, matou uma pessoa. A polícia antiterrorismo capturou outro possível homem-bomba e encontrou um dispositivo em sua casa, informou o porta-voz.
(Reportagem adicional de Katharine Houreld, em Nairóbi, e Hereward Holland, em Kinshasa)