CARACAS (Reuters) - Militares russos estão operando drones sobre a Venezuela como parte de uma operação de busca por integrantes de uma força paramilitar que liderou uma invasão mal-sucedida esta semana, informou a mídia local na sexta-feira, citando tuítes deletados de um centro de comando militar.
Pelo menos oito membros das forças especiais russas estarão "operando drones para executar operações de busca e patrulha" perto de La Guaira, o Estado costeiro ao norte de Caracas, capital da Venezuela, de acordo com uma reportagem do noticiário local El Nacional.
O veículo publicou um print de um tuíte que, segundo ele, foi excluído na quinta-feira do perfil do comando militar, conhecido como Zodi La Guaira.
Uma aeronave que chegou ao aeroporto internacional do país na quinta-feira se juntaria à missão de busca, escreveu o Zodi La Guaira em outro tuíte, publicando uma foto de um helicóptero. El Nacional disse que o tuíte também foi excluído posteriormente.
A origem da aeronave e por que os tuítes foram excluídos não ficou imediatamente evidente.
O Ministério da Informação não respondeu imediatamente a um pedido de esclarecimento.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse à agência de notícias Interfax no sábado que a reportagem representa uma tentativa de denegrir a cooperação entre Moscou e Caracas.
O Zodi La Guaira postou na sexta-feira um tuíte dizendo que o comando "nega categoricamente a interferência dos militares russos", em suas fileiras. A publicação incluía uma print de um tuíte do usuário @YourNewsAnonLat sobre o suposto apoio da Rússia, dizendo que a alegação era "fake news". O comando não comentou os prints dos supostos tuítes anteriores da conta.
Embora a incursão tenha sido considerada amplamente um fracasso humilhante desde que as autoridades anunciaram inicialmente que ela tinha sido desbaratada no domingo, os organizadores nos dias subsequentes disseram que integrantes da força continuavam lutando.
Não há evidências, no entanto, de nenhuma ação militar por parte do grupo desde domingo.
Trinta e uma pessoas foram presas por seu papel na incursão estridente, disse o promotor-chefe Tarek Saab na sexta-feira, incluindo dois norte-americanos que trabalham para a empresa de segurança que a organizou, a Silvercorp USA.
As autoridades disseram que oito pessoas foram mortas.