Por Ginger Gibson e Steve Holland
WASHINGTON/MANCHESTER, New Hampshire (Reuters) - O pré-candidato presidencial republicano Donald Trump criticou duramente o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta segunda-feira, em relação ao massacre cometido em Orlando, na Flórida, por um atirador que jurou lealdade ao Estado Islâmico, dizendo ser possível que Obama "não queira ver o que está acontecendo".
Em uma série de entrevistas na televisão, Trump questionou a motivação de Obama e afirmou que ele jamais irá resolver o problema da segurança nacional dos EUA.
"Existem muitas pessoas que pensam que talvez ele não queira entender", disse o magnata no programa "Today", da rede NBC. "Acontece que eu penso que ele simplesmente não sabe o que faz. Mas existem muitas pessoas que pensam que talvez ele não queira entender, talvez ele não queira ver o que está acontecendo".
Trump também repreendeu Obama em uma entrevista à Fox News, dizendo que "ele não entende ou entende melhor do que qualquer um entende. É uma coisa ou outra, e nenhuma delas é aceitável".
Há anos o empresário bilionário vem afirmando que Obama é muçulmano em segredo. Em 2011 Trump atraiu atenção de todo o país exigindo que o presidente apresentasse outra cópia de sua certidão de nascimento e disse à Fox News que "talvez ela diga que ele é muçulmano". Obama é um cristão praticante.
No domingo, Trump pediu que Obama renunciasse por não usar as palavras "islã radical" em seus comentários sobre os assassinatos de Orlando, e voltou a pedir uma proibição temporária à entrada de muçulmanos nos EUA.
O massacre em Orlando foi cometido por Omar Mateen, cidadão norte-americano de 29 anos e filho de imigrantes afegãos que nasceu em Nova York e morava na Flórida. Ele matou 49 pessoas em uma boate gay da cidade da Flórida na madrugada de domingo, no pior ataque a tiros da história do país.