Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira o controverso candidato ao Senado dos EUA Roy Moore, dizendo que o republicano do Alabama havia negado acusações de condutas sexuais inapropriadas e enfatizou não querer que o adversário democrata de Moore vença.
Trump disse anteriormente que Moore deveria se afastar caso as acusações fossem verdadeiras.
Trump, falando a repórteres na Casa Branca antes de viajar à Flórida, deixou aberta a possibilidade de realizar campanha para Moore, dizendo que irá fazer um anúncio sobre isto na próxima semana.
“Roy Moore nega isto, ele nega isto totalmente”, disse Trump.
A posição de Trump é contrária à de outros republicanos. O republicano líder da maioria no Senado dos EUA, Mitch McConnell, e outros parlamentares proeminentes pressionaram Moore para deixar a disputa.
Os comentários de Trump representam uma mudança na estratégia da Casa Branca, que tentou amplamente se distanciar da controvérsia de Moore.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse repetidamente que eleitores do Alabama devem decidir a eleição, e Trump manteve sua posição de que Moore deve se afastar caso as acusações fossem verdadeiras. A Casa Branca também apoiou a decisão do Comitê Nacional Republicano de retirar apoio ao controverso ex-presidente da Suprema Corte do Alabama.
A campanha de Moore tem estado em tumulto desde que o Washington Post publicou uma reportagem detalhando relatos de três mulheres que dizem ter sido perseguidas por ele quando eram adolescentes e ele estava na casa dos 30 anos. Mais mulheres se manifestaram desde então com acusações próprias.
Moore, de 70 anos, negou qualquer transgressão.
A Reuters não pôde confirmar de forma independente qualquer uma das acusações.