Por Steve Holland e Karen Lema
MANILA (Reuters) - O presidente norte-americano, Donald Trump, desembarcou neste domingo nas Filipinas para uma cúpula de nações do Sudeste e Leste Asiático, horas após se oferecer para mediar as disputas envolvendo o Mar do Sul da China, motivo de prolongadas tensões na região.
Será a parte final de uma viagem de Trump pela Ásia que, apesar de sua política "América primeiro", pode tranquilizar alguns de que seu governo segue comprometido com uma região que Pequim vê como seu domínio estratégico.
No Vietnã mais cedo neste domingo, o presidente norte-americano disse que estava preparado para mediar a disputa em relação ao Mar do Sul da China, envolvendo quatro países do Sudeste Asiático e Taiwan, que contestam as reivindicações chinesas de controle sobre a área.
Mas o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anfitrião de uma cúpula de dois dias que reunirá as nações do Sudeste e Leste Asiático, afirmou que seria melhor não tocar nessa questão espinhosa. Todos os envolvidos na disputa estarão presentes no evento, com exceção de Taiwan.
"Temos que ser amigos, os outros cabeças quentes gostariam que confrontássemos a China e o resto do mundo sobre tantas questões", afirmou Duterte em uma conferência de negócios antes da cúpula em Manila.
"É melhor deixar o Mar do Sul da China intacto, ninguém pode se dar ao luxo de ir à guerra. Não pode suportar um confronto violento", acrescentou o presidente filipino.
Os Estados Unidos e sua ex-colônia, as Filipinas, têm sido aliados estratégicos desde a Segunda Guerra Mundial. Trump deve tentar durante a cúpula fortalecer essas relações, que ficaram estremecidas pelo notório sentimento anti-Estados Unidos de Duterte e seu entusiasmo por relações melhores com Rússia e China.
(Reportagem adicional de Neil Jerome Morales, Enrico dela Cruz e Manolo Serapio)