WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve abrir as portas para um modesto aumento no número de tropas norte-americanas no Afeganistão quando estabelecer sua estratégia na noite desta segunda-feira para o mais longo conflito militar dos EUA, disseram autoridades norte-americanas.
Trump fará um discurso à nação às 22h (horário de Brasília) para detalhar sua visão sobre o papel dos EUA no Afeganistão, uma questão que afligiu seus dois antecessores.
Com forças insurgentes do Taliban não tão perto da derrota, o resultado mais provável é que Trump concorde em enviar mais forças norte-americanas como recomendado por seus assessores seniores, disse uma autoridade sênior do governo. Os números atuais de soldados norte-americanos são de cerca de 8.400.
Trump há tempos tem sido cético sobre como os EUA estão lutando a guerra no Afeganistão, que foi iniciada pelo presidente George W. Bush em outubro de 2011, após os ataques de 11 de setembro em Nova York e Washington.
Trump anunciou uma revisão estratégia logo após assumir a Presidência em janeiro e questionou confidencialmente se o envio de mais tropas é uma decisão sábia, disseram autoridades norte-americanas.
“Nós não estamos ganhando”, disse a assessores em um encontro em julho, questionando se o general do Exército dos EUA John Nicholson, que comanda forças dos EUA e internacionais no Afeganistão, deve ser demitido, disse uma autoridade.
Mas o secretário de Defesa, Jim Mattis, argumentou que uma presença militar norte-americana é necessária para proteção contra uma contínua ameaça de militantes islâmicos.