WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano Donald Trump afirmou neste sábado que, sujeito a receber novas informações, pretende permitir a abertura de documentos secretos sobre o assassinato em novembro de 1963 do presidente John F. Kennedy, que estão agendados para serem liberados na semana que vem.
A revista norte-americana Politico citou mais cedo a administração Trump e outras autoridades do governo norte-americano dizendo que o presidente bloquearia a divulgação da informação de alguns dos milhares de documentos confidenciais, os quais o U.S National Archives deve tornar públicos até 26 de outubro.
"Sujeito a receber mais informações, eu vou permitir, como presidente, que os documentos JFK, longamente bloqueados e confidenciais, sejam abertos", disse Trump em sua conta do Twitter.
O assassinato de 22 de novembro de 1963 deu fim ao "Camelot", como os primeiros mil dias da presidência Kennedy ficaram conhecidos. Kennedy tinha 46 anos quando morreu e continua sendo um dos presidentes norte-americanos mais admirados.
Milhares de livros, artigos, programas de TV, filmes e documentários foram produzidos sobre o assassinato e pesquisas mostraram que a maioria dos norte-americanos ainda desconfia das evidências oficiais que apontam Lee Harvey Oswald como único assassino.
Apesar de sérias dúvidas sobre o inquérito oficial, de teorias que alegam que o crime organizado, Cuba ou um grupo de agentes de segurança dos EUA estavam envolvidos, os teóricos da conspiração ainda não produziram provas conclusivas de que Oswald agiu em conjunto com outra pessoa.
Durante os anos, o National Archives divulgou a maioria dos documentos relacionados ao caso, mas uma lista final de documentos permanecem e apenas Trump possui a autoridade de decidir se alguns devem ser retidos ou divulgados.