Por Steve Holland
Washington (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá dizer a líderes em uma viagem por cinco países asiáticos que o mundo está "correndo contra o tempo" para acabar com a crise nuclear da Coreia do Norte e que os EUA estão preparados para se defender caso necessário, disse um assessor sênior de Trump nesta quinta-feira.
Trump viaja na sexta-feira ao Havaí, na primeira parada em rota para a Ásia, onde irá visitar o Japão, a Coreia do Sul, a China, o Vietnã e as Filipinas. A viagem será a mais longa pela Ásia de um presidente norte-americano em mais de 25 anos.
"O presidente reconhece que estamos correndo contra o tempo (para lidar com a Coreia do Norte) e irá pedir para todas as nações fazerem mais", disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, H.R. McMaster, em entrevista coletiva.
Ele disse que Trump irá pedir para países com mais influência sobre Pyongyang "convencerem seu líder de que a busca por armas nucleares é um beco sem saída" e que a Coreia do Norte precisa se desnuclearizar.
"E ele irá lembrar a amigos e rivais que os Estados Unidos continuam prontos para se defender e defender nosso aliados usando o alcance total de nossas capacidades", disse McMaster.
Talvez a parada mais crítica de Trump seja na China, onde irá pedir para o presidente chinês, Xi Jinping, fazer mais para conter a Coreia do Norte. Autoridades seniores dos EUA dizem que a China considera a Coreia do Norte um bem estratégico e está relutante em cortar recursos para Pyongyang por temores de gerar uma onda de refugiados.
McMaster disse que Trump, que aprovou diversas sanções contra a Coreia do Norte enquanto pressionava para a China fazer mais, está no começo de sua busca para que Pyongyang desista de armas nucleares. Trump alertou que irá "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso o país ameace os EUA.
"Eu penso que nós temos que ser um pouco pacientes aqui por pelo menos alguns meses para ver o que nós e outros podemos fazer, incluindo a China", disse McMaster. "Eu não acho que nós precisamos reavaliar nossa estratégia agora. Eu acho que nós temos que dar alguns meses e então ver quais ajustes nós podemos fazer".
É esperado que Trump pressione Xi a reduzir exportações de petróleo da China para a Coreia do Norte e importações de carvão de Pyogyang e limitar transações financeiras.
(Reportagem de Steve Holland e David Alexander)