Trump diz à Coreia do Sul que quer se encontrar neste ano com Kim, da Coreia do Norte

Publicado 25.08.2025, 17:38
Atualizado 25.08.2025, 17:40
© Reuters. O presidente dos EUA, Donald Trump, recebe o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, na Casa Branca em Washingtonn25/08/2025nREUTERS/Brian Snyder

Por Steve Holland e Hyunjoo Jin e David Brunnstrom e Trevor Hunnicutt

WASHINGTON/SEUL (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que gostaria de se reunir com o líder norte-coreano Kim Jong Un neste ano e que está aberto a novas negociações comerciais com a Coreia do Sul, mesmo quando lançou mais críticas ao aliado asiático em visita.

"Gostaria de me encontrar com ele neste ano", disse Trump a jornalistas no Salão Oval ao receber o novo presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, na Casa Branca. "Estou ansioso para me reunir com Kim Jong Un em um futuro apropriado."

Trump e Lee realizaram sua primeira reunião em sob tensão. O presidente dos EUA apresentou queixas vagas sobre um "expurgo ou revolução" na Coreia do Sul nas redes sociais, para posteriormente voltar atrás nos comentários como um provável "mal-entendido" entre os aliados.

Apesar de terem fechado um acordo comercial em julho que poupou as exportações sul-coreanas de tarifas mais severas dos EUA, os dois lados continuam a discutir energia nuclear, gastos militares e detalhes de um acordo comercial que inclui a promessa de US$350 bilhões em investimentos sul-coreanos nos Estados Unidos.

A retórica da Coreia do Norte se intensificou, com Kim prometendo acelerar seu programa nuclear e condenando os exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul. No fim de semana, Kim supervisionou o teste de disparo de novos sistemas de defesa aérea.

Desde a posse de Trump em janeiro, Kim tem ignorado os repetidos apelos de Trump para reativar a diplomacia direta perseguida por ele durante seu mandato de 2017 a 2021, que não produziu nenhum acordo para interromper o programa nuclear da Coreia do Norte.

No Salão Oval, Lee evitou os confrontos teatrais que dominaram a visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy em fevereiro e a visita do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa em maio.

Empregando uma estratégia bem utilizada pelos visitantes estrangeiros da Casa Branca de Trump, Lee falou sobre golfe e elogiou a decoração de interiores e o trabalho de pacificação do presidente republicano. Antes, disse a jornalistas que leu o livro de memórias do presidente de 1987, "Donald Trump: A Arte da Negociação", para se preparar.

Durante o encontro, o sul-coreano liberal incentivou Trump a se envolver com a Coreia do Norte.

"Espero que você possa trazer paz à Península Coreana, a única nação dividida do mundo, para que possa se reunir com Kim Jong Un, construir um Trump World (complexo imobiliário) na Coreia do Norte para que eu possa jogar golfe lá e para que você possa realmente desempenhar um papel de pacificador histórico mundial", disse Lee, em coreano.

A economia da Coreia do Sul depende muito dos EUA, e Washington garante sua segurança com tropas e dissuasão nuclear. Trump chamou Seul de "máquina de dinheiro" que se aproveita da proteção militar norte-americana.

Trump pressiona a Coreia do Sul sobre o acordo comercial já alcançado e sobre uma série de questões relacionadas à aliança militar dos países.

(Reportagem de David Brunnstrom, Idrees Ali, Steve Holland e Trevor Hunnicutt em Washington e Josh Smith, Hyun Joo Jin, Ju-min Park e Jack Kim em Seul)

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