Por James Oliphant e Amanda Becker
STERLING (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que um acordo sobre a situação de 700 mil imigrantes “Dreamers” (Sonhadores) levados aos EUA ilegalmente quando crianças “pode muito bem não acontecer” até 5 de março, quando expira o programa que protege estes imigrantes de deportação.
Os comentários do presidente foram feitos num momento em que parlamentares republicanos seguiram para um retiro de três dias na Virgínia Ocidental sem um consenso sobre o que fazer sobre os Dreamers. A questão se tornou um ponto de atrito em negociações orçamentárias com democratas.
Trump, falando a autoridades da Alfândega e Proteção de Fronteiras, disse não acreditar que democratas querem um acordo sobre a questão.
Democratas disseram repetidamente querer proteções contínuas para os Dreamers, cujas situações foram ameaçadas quando Trump disse em setembro que iria acabar até 5 de março com o programa do ex-presidente Barack Obama. O programa de proteção a crianças imigrantes criado por Obama permite que Dreamers estudem e trabalhem temporariamente nos EUA sem temores de deportação.
“Nós queremos fazer um acordo”, disse Trump. “Acho que eles querem usar isto para propósitos políticos para eleições. Eu realmente não estou feliz com a maneira que está indo a partir do ponto de vista dos democratas”.
Trump ofereceu um caminho à cidadania aos Dreamers, mas somente sob a condição de também receber financiamento para um muro que busca construir ao longo da fronteira entre EUA e México e para outras medidas relacionadas à imigração que são opostas pelos democratas.