Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que recebeu uma carta de Kim Jong Un e deve se encontrar com o líder norte-coreano em breve.
Falando a repórteres na Casa Branca, Trump defendeu suas negociações com Kim e disse que nunca enfatizou a velocidade da desnuclearização de Pyongyang.
Kim prometeu trabalhar para a desnuclearização da Península Coreana quando se encontrou com Trump pela primeira vez em uma cúpula em Cingapura em junho, mas houve pouco progresso concreto desde então.
Kim disse em um discurso de Ano Novo transmitido nacionalmente que estava pronto para se encontrar novamente com Trump a qualquer momento, mas advertiu que pode tomar um "novo caminho" se as sanções e a pressão dos EUA contra o país continuarem.
Um dia antes, o jornal sul-coreano Chosun Ilbo informou que Kim havia enviado uma mensagem a Trump sobre as negociações nucleares. A reportagem não incluiu detalhes sobre a comunicação.
Trump disse a repórteres nesta quarta-feira que a carta era ótima e que ele adoraria ler em voz alta, mas não o fez.
Trump afirmou anteriormente que uma segunda cúpula com Kim provavelmente ocorreria em janeiro ou fevereiro, embora ele tenha escrito no Twitter (NYSE:TWTR) no mês passado que não estava "com pressa".
Em seu discurso na terça-feira, Kim disse que a desnuclearização é sua "vontade firme" e que a Coreia do Norte "declarou em casa e no exterior que nós não vamos mais fabricar e testar armas nucleares nem as usaremos e proliferaremos".
No entanto, ele alertou que a Coreia do Norte pode ser "compelida a explorar um novo caminho" para defender sua soberania se os Estados Unidos "procurarem forçar algo sobre nós unilateralmente... e permanecerem inalterados em suas sanções e pressões".
Os comentários de Kim alimentaram dúvidas sobre se a Coreia do Norte pretende desistir de um programa de armas nucleares que considera essencial para sua segurança.