BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira que o valor máximo com que o governo trabalha para a meta do déficit fiscal de 2017 e 2018 é de 159 bilhões de reais e nunca se chegou a cogitar um valor acima disso.
"Havia especulações sobre uma meta de 170 bilhões. Nunca houve esse tipo de debate. Estamos assistindo a equipe econômica projetar números e nunca passaram da meta do ano passado, de 159 bilhões", disse Padilha.
Questionado sobre se esse é o número fechado, o ministro afirmou que "não é certo". "Trabalha-se com o número máximo de 159 (bilhões de reais), mas não há nada fixo", afirmou.
Padilha confirmou ainda que o governo não pretende mais aumentar impostos. Segundo o ministro, isso já foi feito, e agora é preciso cortar gastos e aumentar receitas. Dentre elas, afirmou, um novo pacote de concessões que já estava no cronograma do governo.
"Estamos no tempo de fazer novas concessões. Primeiro, porque já era do calendário. Segundo, porque essa definição de meta deste ano e do ano que vem depende também dessa receita extraordinária", disse.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, estão nesse pacote a venda da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig (SA:CMIG4)) e alguns aeroportos. Entre eles, Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro -hoje os mais rentáveis do país- além da nova concessão de Viracopos, em Campinas, devolvido pela concessionária.
A previsão era de que o novo número fosse divulgado ainda na segunda-feira, mas o anúncio foi adiado sem explicações oficiais.
(Por Lisandra Paraguassu)