Por Steve Holland e Emily Stephenson
HOLLYWOOD/WASHINGTON (Reuters) - Donald Trump, pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, fará um discurso de política externa em Washington na semana que vem na tentativa de projetar uma imagem mais séria e em consonância com uma mudança de foco para a eleição de 8 de novembro.
Em encontros com parlamentares e em uma reunião com autoridades do Partido Republicano na Flórida nesta semana, assessores de Trump disseram que o discurso será parte da divulgação das políticas reformuladas do bilionário de Nova York.
Após uma grande vitória na primária partidária de seu Estado-natal de Nova York na terça-feira, o magnata do setor imobiliário disse que seus adversários Ted Cruz, senador do Texas, e John Kasich, governador de Ohio, não têm chance de obter a indicação partidária para a votação do final do ano.
O novo gerente de campanha de Trump, Paul Manafort, disse aos líderes da legenda reunidos na Flórida nesta semana que o pré-candidato irá adotar uma atitude mais presidencial e se concentrar na provável indicada dos democratas, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, a quem Manafort se referiu pelo apelido que seu chefe lhe deu, "Hillary trapaceira".
Hillary disse nesta sexta-feira que não responderia aos comentários de Trump sobre ela.
Trump fará seu discurso de política externa no National Press Club de Washington na próxima quarta-feira, informou sua campanha, um dia depois de uma rodada de prévias em Connecticut, Delaware, Maryland, Pensilvânia e Rhode Island na qual ele espera se sair bem.
"Donald Trump fala em temas do exterior que ressoam no país, mas ele também entende que há um processo mais complexo na forma como você executa uma campanha eleitoral", disse Steve Duprey, membro do Comitê Nacional Republicano de New Hampshire que estava na reunião da Flórida.
Os rivais de Trump o acusaram de carecer de conhecimento na área, e a perspectiva de ver o ex-apresentador de reality show na Casa Branca tem despertado temores até no exterior.