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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que quer iniciar conversações sobre desnuclearização com a Rússia e a China, revisitando uma questão que ele já havia levantado anteriormente, no momento em que também está tentando reiniciar a diplomacia paralisada com a Coreia do Norte.
"Uma das coisas que estamos tentando fazer com a Rússia e com a China é a desnuclearização, e isso é muito importante", disse Trump aos repórteres antes de sua reunião na segunda-feira com o presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, na Casa Branca.
"Acho que a desnuclearização é um objetivo muito importante, mas a Rússia está disposta a fazê-lo, e acho que a China também estará disposta a fazê-lo. Não podemos deixar que as armas nucleares proliferem. Temos que acabar com as armas nucleares. O poder é muito grande", declarou Trump.
Em um evento separado na Casa Branca, mais cedo na segunda-feira, Trump disse que havia levantado a questão com o presidente russo, Vladimir Putin. Ele não compartilhou detalhes específicos sobre quando a conversa ocorreu.
"Estamos falando sobre a limitação das armas nucleares. Vamos envolver a China nisso", afirmou Trump.
"A China está muito atrasada, mas vai nos alcançar em cinco anos. Gostaríamos de desnuclearizar. É poder demais, e também falamos sobre isso", acrescentou Trump.
Os comentários do presidente dos EUA surgem no momento em que ele expressou seu desejo de se reunir com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, este ano.
Kim tem ignorado os repetidos apelos de Trump desde que o presidente republicano assumiu o cargo em janeiro para retomar a diplomacia direta que Trump buscou durante seu mandato de 2017-2021, que não produziu nenhum acordo para interromper o programa nuclear da Coreia do Norte.
Trump expôs pela primeira vez sua intenção de buscar esforços de controle de armas nucleares em fevereiro, dizendo que queria iniciar discussões com Putin e com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre a imposição de limites aos seus arsenais.
Falando aos repórteres no Salão Oval na época, Trump disse que a desnuclearização seria uma meta de seu segundo mandato e que ele esperava começar em um "futuro não muito distante".
O foco renovado no controle de armas nucleares ocorre em meio à aproximação do fim do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas, ou Novo Star, previsto para 5 de fevereiro de 2026. O tratado, assinado em 2010, é o último acordo de armas nucleares remanescente entre os EUA e a Rússia e limita o número de ogivas estratégicas e sistemas de entrega que cada lado pode implantar.
A Rússia alertou no início deste ano que as perspectivas de renovação do tratado pareciam escassas. Sob o comando do antecessor de Trump, o então presidente norte-americano Joe Biden, os EUA pressionaram a China a se envolver em negociações formais sobre armas nucleares, mas fizeram pouco progresso.
(Reportagem de Steve Holland, Nandita Bose e Susan Heavey)